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Fernanda Tochetto

Foto da autora Fernanda Tochetto Fernanda Tochetto
24.01.2022 timer Tempo est. de leitura: 13 minutos Visualizações: 294

Por que sua equipe não entrega os resultados que você deseja

Liderar uma equipe é e sempre será um dos maiores desafios da vida, afinal, estamos lidando com pessoas e não com números. Grande ou pequena, ela demanda determinadas atitudes e um olhar sempre atento. E aqui não se trata apenas das suas expectativas com a sua equipe, se trata também das expectativas de cada um que faz parte dela. 

Como líder, você tem o dever de investigar os motivos pelos quais sua equipe não entrega os resultados que você deseja, mas cuidado. Busque-os primeiro em você e depois em cada pessoa que compõe a sua equipe. Essa já é a primeira dica, grave bem ela. 

Agora, vamos tentar entender o porquê sua equipe não entrega os resultados que você deseja. Preparado?

1. A sua equipe não sabe quais são os resultados que você deseja
Parece simples, mas nem sempre é. Muitos líderes acham que a equipe sabe quais são os objetivos e resultados a se atingir, porque para eles é muito claro e óbvio. Mas sabemos que a comunicação nem sempre é fácil e, quando ela não ocorre de forma transparente e direta, os ruídos acontecem e as informações mais importantes não são comunicadas. 

Portanto, comece analisando se a sua equipe sabe quais são os resultados que você deseja, o que você espera dela e de cada um. Se, de fato, ela não sabe, não a culpe. Em vez disso, comunique através de todas as ferramentas que tiver em mãos. Nunca peque pela falta de informação, combinado?

2. Você espera a automotivação alheia

Um líder precisa aprender a se manter motivado e, por essa razão, geralmente ele está acostumado a buscar e a praticar a automotivação. O problema é esperar que a sua equipe também tenha esse hábito. Nem todos conseguem chegar nesse nível sozinhos. Por isso, inspire as pessoas sempre que tiver oportunidade com o seu exemplo. 

E sabe quando você tem essa oportunidade? Desde o “bom dia” até o “bom descanso”. O seu tom de voz, as palavras que escolhe usar, os comentários, os feedbacks, os elogios, as críticas, as atitudes. Reparou que isso tudo vai além de cursos e palestras motivacionais que você possa oferecer à sua equipe? 

É claro que são importantes, mas é o dia a dia que fica estampado na motivação das pessoas com as quais você convive. Portanto, antes de dizer para cada um buscar a sua automotivação, seja um instrumento dela, faça o que puder para contribuir com o bem-estar da sua equipe.

3. Você não pratica feedback
Muitos líderes até dão feedback, mas não estão abertos a recebê-lo. Além disso, muitos ainda o enxergam como uma obrigação perigosa, afinal, se a pessoa se sentir ofendida, se ela não receber bem as críticas, o que fazer? O mais seguro é não dar feedback, você pode estar pensando. Mas fazer isso é deixar as coisas acontecerem para o bem e para o mal. É como um juiz de futebol que decide não apitar faltas para o jogo rolar ou como um treinador que não opina sobre o rendimento dos atletas do time para não se incomodar.

A ausência de feedback deixa os problemas chegarem a proporções incontroláveis, problemas esses que, se tivessem sido levantados desde o início, não evoluiriam. Por outro lado, quando o feedback existe como cultura, ou seja, quando os líderes e a equipe estão abertos a dar e a receber feedback e sabem fazê-lo de uma forma assertiva, os resultados são os melhores possíveis. Um ambiente agradável e saudável, carreiras evoluindo em alta performance, pessoas motivadas e engajadas, maior produtividade, conquistas para todas as partes. A lista de benefícios é imensa.

Se você não está acostumado, no início pode ser difícil, mas, com o tempo, dar e receber feedback se torna um hábito. Se prepare para isso, leia sobre o assunto, faça cursos, peça ajuda, faça tudo o que for necessário, mas comece agora. Uma dica de leitura é “Como fazer amigos e influenciar pessoas” de Dale Carnegie. O autor aborda em detalhes como dar um feedback assertivo. Vale muito.

Você vai gostar de ler: Oferecer e ouvir feedback, uma ferramenta para crescimento pessoal.

4. Você não investe na sua equipe

Investir na sua equipe significa oferecer salários e bônus atrativos, condizentes com o mercado, e mais do que isso, é investir em capacitação constante, é se preocupar com a saúde dos colaboradores, em oferecer um ambiente agradável e harmônico.

E vou além. Investir na sua equipe é dar o seu tempo a ela, é estar presente, disponível, é escutar mais do que falar. Está acima de qualquer dinheiro, significa se importar com as pessoas que fazem parte dela. E você, investe na sua equipe.

5. Na prática, você é inflexível
Uma das possíveis razões pela qual sua equipe não entrega os resultados que você deseja é que na prática você é inflexível. Você pode até falar em gestão transparente, oferecer um ambiente disruptivo e descolado, mas no dia a dia você ainda se mostra inflexível quando o bicho pega. 

Você ainda se apega à carga horário de trabalho em vez de focar nas entregas e nos resultados da sua equipe. Você ainda exige que as pessoas deixem a vida pessoal do lado de fora e deem o seu máximo apesar de tudo o que possa estar acontecendo com elas, em vez de entender o momento e tentar ajudá-las. Você faz de conta que aceita novas ideias, mas no fim, você decide sem dar espaço para questionamentos. Esses são apenas alguns exemplos de atitudes de um líder inflexível na prática.

Leitura imprescindível: De 0 a 10 como esta o seu papel no desenvolvimento da sua equipe.

6. Não existe um porquê comunicado

Para uma equipe trabalhar focada e motivada, precisa haver um porquê, um propósito em comum, maior do que os desafios do dia a dia. Ele une, agrega, impulsiona e converge todos para um mesmo caminho. Se a sua equipe conhece e compartilha o propósito do seu negócio, ela o abraça como dela. É uma bandeira, uma causa pela qual as pessoas se empenham ao máximo para erguê-la, para mostrá-la e para cumpri-la, sem que seja uma obrigação.

Se você sabe o porquê, reflita se a sua equipe também sabe. Comunique-o em todas as oportunidades que tiver. Conte a sua história, a origem do seu negócio. Como um sonho se transformou em uma empresa. Compartilhe com sua equipe os desafios, os aprendizados, as vitórias. Isso tudo une as pessoas, cria identificação e conexão. 

Simon Sinek no livro “Comece pelo Porquê” (2018), propõe a figura do Círculo Dourado (Golden Circle), inspirada na proporção áurea, para explicar a importância do porquê. A essência ou o núcleo é composto pelo “porquê”, seguido pelo “como” e, por fim, pelo “o quê”. Essa é, segundo o autor, a ordem de importância das coisas e de como as pessoas se conectam com alguém ou com uma marca, ou seja, de dentro para fora. Sinek define o porquê da seguinte forma: “quando falo do porquê, não estou me referindo a ganhar dinheiro — isso é uma consequência. Com o porquê, refiro-me a qual é seu propósito, sua causa ou sua crença. Por que sua companhia existe? Por que você sai da cama toda manhã? E por que alguém deveria se importar?”

Golden Circle – Simon Sinek

Descobriu por que sua equipe não entrega os resultados que você deseja? Se você não se enxergou em nenhum desses tópicos, ótimo. Caso contrário, também é ótimo, afinal, você conseguiu entender que é com você. Não me refiro à culpa, até porque ela não deve existir. Me refiro à sua responsabilidade diante dos resultados que você deseja que sua equipe entregue. 

Se você conseguiu visualizar a sua parte nisso tudo, a minha missão aqui foi cumprida. E se precisar de uma forcinha para melhorar esses pontos, me chama. Estou sempre aqui.

Até a próxima!

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